Resenha crítica flor do deserto
Relações Internacionais – Global Players
Aluna: Gabriela Pacheco
O filme “Flor do Deserto” retrata a conturbada história da modelo somali Waris Dirie. Nascida numa tribo culturalmente “atrasada” em relação ao contexto internacional atual, na idade de 3 anos sofreu uma mutilação genital, ritual comum em sua tribo. Aos treze anos de idade, a garota é prometida para um casamento com um homem de sessenta anos. Desesperada, atravessou sozinha o deserto para fugir do destino que a aguardava. Passando por Mogadischu, capital da Somália, onde encontrou a ajuda de sua avó, partiu ruma a Londres, onde trabalhou como empregada doméstica para parentes em uma Embaixada em Londres. Sem saber falar inglês, encontrou-se diante da realidade de viver nas ruas, até que conhece ocasionalmente uma estranha a qual se tornaria muito amiga. Trabalhando numa rede de fast food como faxineira, o caminho de Waris se cruza com o fotógrafo Terry Donaldson, que lhe dá a oportunidade de iniciar uma carreira de modelo.
A discussão que desejo colocar em pauta nesta resenha é a questão da mutilação genial feminina, que está ligada diretamente ao ramo dos direitos humanos. Quando Waris descobre que tal ritual tão comum em sua tribo na verdade é um abuso aos direitos das mulheres e humanos, inicia-se uma forte disputa da modelo para que esta prática fosse erradicada no mundo todo. Para isso Waris torna-se embaixadora na ONU.
No âmbito das Relações Internacionais, no debate entre duas vertentes de pensamento, o Universalismo e o Relativismo, acerca da questão dos direitos humanos, cada corrente explica tais questões da sua maneira. Dentro do conceito de universalismo, nota-se que a identidade de cada indivíduo é formada antes mesmo das relações sócias, sendo assim, pode se dizer que a sociedade é a soma de indivíduos. Sendo assim, a partir deste ponto de vista, o indivíduo Waris teria direitos naturais universais referentes à sua condição de ser humano. Tais