Resenha sobre seca no nordeste
JERONIMO, Josie; TORRES, Izabelle. Seca, Corrupção e Incompetência. Istoé, 24/04/2013 Ano 37.
O poeta Leandro Flores diz: “Não é a pobreza, nem a seca do nordeste que expulsam o sertanejo de suas terras, e sim os coronéis, intitulados políticos que se colocam no poder”. Essa citação lança mão de recursos históricos ocorridos no Brasil, mas que ainda são parte do cenário atual da região nordestina do país. No nordeste, há problemas sociais como: agricultura atrasada, grandes latifundiários, concentração de renda, indústrias de baixa produtividade, além da seca no chamado “polígono da seca” que abrange os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Esses problemas são bem conhecidos por muitas pessoas, todavia, nem todas sabem que a situação não precisava ser assim. Existem países que cultivam com sucesso em áreas enormes que chove até sete vezes menos que no polígono da seca. É o caso da Califórnia, nos EUA, e do deserto de Negev, em Israel. A seca em si, não é o problema Ela é um fenômeno natural que pode ser contornado com uma série de medidas como: o monitoramento das chuvas, projetos de irrigação, implantação de técnicas próprias, açudes; além de outras finitas alternativas. Porém, essas medidas são usadas para esconder trocas de favores políticos ou desvios de verbas em projetos superfaturados e esquemas de corrupção. De acordo com Jeronimo e Torres “Há um caso em Petrolina, no estado de Pernambuco, em que foram denunciados sete carros pipas fantasmas”. Eles constavam no orçamento, mas só atenderam aos bolsos dos políticos. E na ordem crescente, não se pode deixar a obra faraônica da Transposição do rio São Francisco passar despercebida. Essa obra consiste em desviar o curso do rio por meio de canos e dutos, acabando assim, com a seca no nordeste. Em 2009, essa obra custaria R$ 4,5 bilhões, já em 2013, o custo saltou