Desigualdades regionais no Brasil
O artigo a ser resenhado é de autoria de Francisco Baqueiro, o qual além de ser graduado em Sociologia e mestre em Administração (este último pela Universidade Federal da Bahia – UFBA), é especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental do estado da Bahia. Ele, em seu artigo “Considerações em torno da validade atual da discussão sobre as desigualdades regionais no Brasil”, discute acerca da questão regional (também conhecida como “questão nordestina”), com o intuito de colaborar para a observação da relevância, na sociedade contemporânea, da discussão sobre as desigualdades entre as regiões do Brasil. Para isso, ele retoma elementos do passado, buscando aspectos atrelados a tal questão (seca, por exemplo). Deste modo, o artigo é de fundamental importância para a compreensão do processo de disparidades existentes entre as regiões brasileiras, em especial, Nordeste e Centro-Sul (atualmente, envolve os estados do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, maior parte de Minas Gerais – exceto o Sul –, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás, e parte do norte de Mato Grosso e de Tocantins).
Com a finalidade de melhor organizar seu trabalho, por consequência, torná-lo de mais fácil entendimento, o autor o fragmentou em três momentos, que vão desde a abordagem acerca da emergência da questão regional no Brasil até as conclusões relevantes da atual pertinência sobre desigualdades regionais no território nacional.
Na parte inicial, intitulada “O surgimento da questão regional no Brasil”, Baqueiro aborda a respeito da origem da questão regional, que, segundo ele, não ocorreu apenas no século passado, mas sim anteriormente, haja vista a existência de discussões envolvendo disparidades regionais, em particular, no tocante ao Nordeste e Centro-Sul. A região Nordeste era caracterizada como “área-problema”, em virtude da presença de problemas como a seca, na área.
A partir da criação do IOCS (Inspetoria de Obras Contra as Secas),