RESENHA FILME MEU TIO
Direção: Jacques Tati (1908 - 1982).
O filme relata o período inicial moderno, em uma cidade da França, e mostra o cotidiano de uma família, o casal Arpel com 1 filho, Gèrard, fazendo também parte dessa família o tio Hulot, solteirão e desempregado (irmão da esposa).
O casal com o filho vive em uma casa moderna, e exibem um alto padrão de vida, enquanto o Tio Hulot reside em uma casa velha, que parece um cortiço, onde mais famílias residem, numa espécie de periferia.
O marido trabalha em uma indústria, e tem uma posição social boa, possui carro e residem em uma casa moderna com diversos móveis e eletrodomésticos de ponta, sua casa é muito moderna, com cadeiras de designer diferenciado e muitos eletrodomésticos, a esposa gosta de mostrar aos seus amigos sua nova casa e falar que os móveis e eletrodomésticos vieram da empresa do seu marido. Apesar de a casa ser moderna, parece ser vazia e os móveis não parecem ser confortáveis.Os eletrodomésticos às vezes são tão barulhentos que tornam a conversação impossível, trazendo à residência um clima de fábrica e não de uma residência.
Hulot não possui trabalho fixo, e fica passeando pela cidade. Ele ajuda a irmã com seu sobrinho, buscando e levando-o para a aula e levando-o passear.
Cada vez que toca a campainha da casa da família Arpel, o chafariz em formato de peixe, que fica no jardim, é acionado. A fonte é ligada e desligada de acordo com a importância da visita.
Cada vez que Hulot vai visitar sua irmã, ele tem que atravessar ruínas de um muro, este muro representa a ruptura da cidade tradicional com a cidade moderna. De um lado, uma família em que a formalidade era levada aos extremos e, consequentemente, a monotonia surgia. Do outro lado a alegria de viver, mesmo com dificuldades. A ordem contra a desordem, modernidade contra o tradicional.
A esposa gostaria que o seu marido ajudasse o cunhado a arrumar um emprego na fábrica em que ele trabalha, ele tenta, mas o