resenha O filme francês Meu Tio
O filme francês Meu Tio (Mon Oncle) retrata a arquitetura moderna da década de 50, lado a lado com a tradicional, mostrando na moderna o uso de diversas formas geométricas e a mais atuais tecnologias, porém sem funcionalidade em ambos os casos. Até mesmo as roupas usam formas geométricas.
O ambiente tem poucos móveis que por si só servem de decoração. Uma das visitas questiona a falta de móveis enquanto a dona da casa alega que “tudo se comunica”.
Ressaltaremos também que toda a tecnologia é bastante barulhenta, tirando assim todo o sossego que uma casa teve ter.
O nome do filme refere-se ao tio do único filho do casal principal, que vive cercado pela arte moderna e pela tecnologia da época, um homem que vive fora desse contexto moderno, é que ganha a admiração do sobrinho.
Em todo o filme o moderno e não moderno aparecem principalmente nas visitas feitas pelo tio a família, e os passeio de menino e do tio.
As situações de dificuldade da tecnologia extremista se tornam o ponto engraçado do filme, pois são limitadas para a maioria das pessoas.
A casa que define aonde e como será cada atitude da família seja no jardim ou em seu interior, a falta de móveis torna tudo menos funcional.
Um dos pontos altos é a presença de um chafariz em forma de peixe no meio do jardim que só é ligado quando recebem visitas importantes e que acaba falhando em uma recepção e criando um enorme tumulto.
Também temos a dificuldade de acesso a casa pelo jardim, pois só tem um único caminho em mármore e um outro em pedras.
O casal preocupa-se tanto com a modernidade e tecnologia que não notam a infelicidade de seu filho.
Vemos também que a casa de seu Tio é totalmente fora dos princípios da arquitetura, pois o acesso a casa é totalmente irregular em relação à acessibilidade.