Resenha filme crash no limite
Quem diria que o Diretor Paul Haggin, ao ter seu carro roubado, teria a inspiração para escrever o filme “Crash – No Limite” e que este longa marcaria a sua estreia como roteirista já com a conquista de 3 Oscars (Melhor Filme, Melhor Roteiro Original, Melhor Edição) e concorreria a outras 3 (Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante - Matt Dillon - e Melhor Canção Original - "In the Deep"). O filme apresenta um roteiro complexo e polemico em que os diversos personagens, estrelados por atores de renome, como Sandra Bullock, Don Cheadle, Matt Dillon, Brendan Fraser, com as mais variadas etnias, crenças e situação econômica, têm suas vidas cruzadas em diversos acontecimentos do dia-a-dia que acabam desencadeando uma serie de problemas relacionados ao preconceito e o racismo.
O filme se passa na cidade de Los Angeles e tem seu inicio da mesma forma que o final, onde pessoas normais se envolvem em um acidente de transito (colisão traseira) dai o nome “Crash”. Mas como uma simples colisão pode ser o limite para uma explosão de agressões racistas e/ou preconceituosas? A resposta esta no que aconteceu na vida do personagem até então, as suas angustias e medos de experiências passadas e que uma simples batida, acaba fazendo com que ele revele ao mundo seus preconceitos até então reprimidos, mostrando quem realmente é. Um exemplo disso é a cena em que o policial (Matt Dillon), revoltado com o serviço social, diante da doença do seu pai, acaba usando de sua autoridade para abusar de um casal negro, assediando a mulher numa revista nada convencional. Porém este policial em uma outra cena acaba salvando a vida da mesma mulher em um acidente de carro. Este é um dos exemplos que fazem de “Crash” um filme intrigante e sombrio em sua complexidade, onde cada um dos personagens apresentem dois momentos distintos, um bom outro mau (ou vice-versa), sendo o primeiro na hora assumem o papel de bonzinho e sofre algum tipo de