Resenha Filme Crash - No limite
O filme mostra um país em que as leis não oferecem mais segregação social e determinam igualdade. Porém, passado esse momento histórico, suas consequências sociais se perpetuaram, seja no modo de agir, no preconceito, nas diferenças econômicas ou na cultura.
Apesar do enredo do filme ter se desenrolado em Los Angeles, nos EUA, os temas que por ele foram abordados podem ser claramente percebidos em nosso cotidiano, aqui no Brasil e em todo o mundo. A ausência de ética, a intolerância e a inalteridade têm aumentado o clima de tensão. Movimentos separatistas – que difundem o racismo, a xenofobia e a discórdia; corrupção e/ou abuso de poder por parte da polícia – que deveria servir à sociedade; escândalos envolvendo nossos representantes – que têm a obrigação de zelar pelo povo, acarretam perdas à população e proporcionam um “engessamento” em toda e qualquer política inclusiva, solidária, pluralista, ética e justa.
Em nossa sociedade real, assim como no filme, a atitude de um componente pode influenciar a vida de outro, como por exemplo: se parte do dinheiro que é desviado de nossos cofres públicos, por políticos inescrupulosos, fosse empregado de forma correta – em prol da sociedade, não teríamos tantos analfabetos, desabrigados, assassinatos nas ruas e mortos nas filas dos hospitais. Igualmente, se todos aprendessem a lidar com o outro, com o “diferente”, viveríamos em uma sociedade mais igualitária, justa, ética. O exercício da alteridade, da tolerância e do pluralismo proporciona o aprendizado entre os “diferentes”, consubstanciando as relações interpessoais e tornando possível, de forma pacífica e construtiva, o convívio com os díspares. Brancos e