Resenha Fahrenheit
Blade Runner: clássico do romance distópico
Estendendo o conceito para filmes e livros, V de Vingança é uma distopia, o ótimo Filhos da Esperança (da série “Querida, avacalhei o título” – o original é Children of Men) também, assim como Waterworld, Gattaca, Mad Max, Matrix, Minority Report, Brazil – o filme, Blade Runner; são romances distópicos 1984, Admirável Mundo Novo, Laranja Mecânica, A revolução dos bichos (um dia explico por que George Orwell mora no meu coração)… bom, acho que já deu pra entender, né?
Pois muito bem. Então um sujeito norteamericano chamado Ray Bradbury lançou em 1953 um romance que começa mostrando o prazer que um bombeiro chamado Guy Montag sente ao realizar seu trabalho de…queimar livros! Isso aí (o papel queima à temperatura de 451 graus na escala Fahrenheit, o que dá quase 233 graus Celsius), ele faz parte de uma equipe eficientíssima que apreende e queima livros. As razões são aquelas de sempre: as autoridades não têm qualquer interesse em manter a população pensando, e a pouca informação disponível, rasa, inútil e controlada, chega por meio de transmissões televisivas ininterruptas, que envolvem a população apelando para um fictício sentimento de pertencimento a uma “família” e para momentos de interação e exposição dos espectadores. (já viram isso em algum lugar?)
A ruptura dessa ordem cuidadosamente controlada começa quando Montag tem contato com um membro da resistência ao governo. O que eles fazem é simplesmente guardar e memorizar livros e preservar a todo custo o posicionamento crítico frente à realidade.