Resenha Fahrenheit 451
Levando em consideração o supracitado, Ray Bradbury em sua obra “Fahrenheit 451” não foge à regra: seu romance retrata uma sociedade futura, que vive em um mundo parelelo mas que se assemelha em diversos aspectos à sociedade atual. Na história se pode ver claramente um totalitarismo e um militarismo em relação à leitura de livros, e isso retrata a ligação de realidade/mundo na narrativa: como atualmente, o que se é estipulado não é ultrapassado por quase ninguém, sejam regras ou leis, como explicitado no trecho a seguir que mostra a esposa do personagem principal, Guy, quando questionada sobre o ato de ler: “- E além disso, se o capitão Beatty ficasse sabendo sobre esses livros.... – Ela refletiu um pouco. Seu rosto foi ficando assustado e, depois, apavorado. –Ele pode chegar e queimar a casa e a “família”. Isso é terrível! Pense em nosso investiemento. Por que eu deveria ler? Para quê?” (BRADBURY, 2011, p 107) A partir disso, pode-se perceber que a narrativa não é uma cópia do real; o real se torna apenas base para a construção da realidade criativa em que a narrativa acontece.
É importante lembrar, também, dos conceitos de verossimilhança, uma vez que tais conceitos são considerados por Aristóteles como fundamentais para a