Resenha do filme Fahrenheit 471
RESENHA DO FILME: Fahrenheit 471 No filme Fahrenheit 471 de 1966, adaptado do livro homônimo, encontramos um futuro em que um regime totalitário domina a sociedade e proíbe a leitura, por considerar que é um instrumento de disseminação do desequilíbrio e da infelicidade, incentivando a alienação por meio da mídia televisiva. Nesse contexto somos apresentados a Guy Montag, o protagonista, um bombeiro que trabalha queimando livros e que como a maior parte da população não refleti sobre suas ações apenas executa ordens, mas isso muda quando conhece Clarisse sua vizinha que o questiona quanto a estrutura social em que vivem. Montag então passa a se interessar por livros e a esconder alguns em sua própria casa, vivendo um conflito entre o dever e sua escolha pessoal. Estranhando seu comportamento sua esposa Linda descobre o que o marido vem escondendo e o denuncia as autoridades. Murtag foge e é perseguido por aqueles que um dia já foram seus companheiros. Encontra abrigo finalmente ao lado das pessoas- livro, pessoas que decoram livros para que não sejam totalmente exterminados. Nesse enredo cheio de metáforas temos contato com uma sociedade consumista e vazia, presa às regras de conduta e que agride aqueles que fogem a esse padrão determinado pelo governo. Um mundo sem liberdade, sem criatividade e sem história já que ignora seu passado contido em livros e o condena ao esquecimento. A forte crítica ao consumismo, a alienação e a falta de disposição das pessoas a lutarem contra a subversão e contra o opressão de sua cultura e de seus direitos nós faz refletir sobre um futuro que consideramos extremante improvável, mas seria assim tão impossível viver uma ditadura que decide o que se deve ler e como se deve agir? Já não vivemos isso no mundo atual? Já não vimos livros, filmes e nomes serem proibidos? O que nos distancia tanto do futuro apresentado no filme? Apenas nossas atitudes no presente podem preservar nosso