Resenha dos capítulos 1 e 2 da gramática descritiva do português
Texto: didático – acadêmico.
Deixando de lado o prefácio, onde como esperado, o autor apresenta as idéias contidas no livro, os motivos pelos quais o escreveu, e como 99% dos lingüistas, põe a culpa dos problemas da língua no ensino da gramática tradicional nas escolas. Não estou dizendo que ele esteja errado, apenas acho que a gramática, ao menos no Brasil, é o menor dos problemas no ensino seja de qualquer disciplina. Já no primeiro capítulo o autor cita mais especificamente os problemas
forma, pressionada a escrever sobre o assunto, pois constatou a persistência de alguns profissionais em utilizar-se de praticas inadequadas, ou ate mesmo irrelevantes, e que já não condizem com as concepções e objetivos atuais. E um texto dirigido aos professores, e futuros professores de língua portuguesa, que tem como objetivo chamar a atenção dos mesmos ao que realmente importa no ensino da língua, segundo ela a escola não estimula a formação de leitores, não deixa os alunos capazes de entender materiais escritos, nem os torna capazes de produzir por escrito. Para exemplificar essa situação a autora cita um trecho bastante interessante, na pagina 17, (Almeida, 1997:16). No decorrer do primeiro capítulo, a autora utilizou-se de entrevistas com alunos, realizadas por Lílian Martim da Silva (1986), para exemplificar a gravidade da situação, concluindo com a analise das respostas obtidas, que a ausência da leitura em sala de aula, dá-se pela compreensão deturpada dos professores, de que o estudo da gramática da língua e mais importante do que ensinar seus alunos a ler, escrever, ouvir, ou mesmo falar. Após isso, a autora relaciona os problemas que ela encontra no ensino da gramática e ao fim do capitulo chega à conclusão de que não se pode mais “tolerar” uma escola que mesmo alfabetizando os alunos, não forma leitores nem pessoas capazes de se expressar por escrito.