resenha do livro o que é leitura
Será que para acontecer a leitura é preciso decifrar palavras? A resposta a um gesto, uma atitude é considerada uma leitura.
A “percepção” de um determinado objeto que jamais tenha sido notado de repente se descobre um sentido, não o sentindo, mas apenas uma maneira de ser desse objeto que nos provoca determinada reação, um modo especial de vê-lo, enxerga-lo, percebe-lo enfim podendo acontecer também com relação a pessoas com quem convivemos, situações e ambientes cotidianos causando surpresa, impacto a leitura.
Os contentamentos, por economia ou preguiça lendo superficialmente, não acrescentaram ao ato de ler algo a mais de nós além da rotina de só decifrar palavras reagimos assim ao que não nos interessa no momento. Se o texto é escrito, ficamos “cegos” a ele mesmo que os nossos olhos continuam a fisgar nos sinais gráficos, as imagens. Se sonoro, surdos. Isso quer dizer que não lemos não compreendemos impossível dar-lhe sentindo porque ele diz muito pouco ou nada para nós.
Quando, desde cedo, vêem-se carentes de convívio humano ou com relações sociais restritas, quando suas condições de sobrevivência material e cultural são precárias refreando também suas expectativas, as pessoas tendem a sua aptidão para ler igualmente constrangida.
Enquanto permanecermos isolados na cultura letrada, não poderemos encarar a leitura senão como instrumento de poder , dominação dos que sabem ler e escrever sobre os analfabetos ou iletrados. Essa realidade precisa ser alterada.
De acordo com Maria Helena Martins os nossos primeiros contatos como o mundo utilizando as sensações, sentidos, despertando a sensibilidade sendo os primeiros passos para aprender a ler.
Trata-se pois de um aprendizado mais natural do que se costuma