Resenha do livro "o príncipe"
Trata-se de uma espécie de manual sobre a arte de governar, endereçado à Lourenço de Médici, mas com orientações para qualquer governante, baseado em exemplos históricos e nas observações do próprio autor. Como dito, é uma síntese das lições do passado e do presente sobre atos de chefia, gerenciamento e conservação dos Estados.
Divide-se em 26 capítulos curtos e, apesar da linguagem empregada ser, por si, rebuscada, o texto flui sem atravancos, à maneira prevista pelo autor. Humildemente, venho desde já informar que a resenha em tela analisa a obra subdividindo-a em quatro partes afins: tipos de principados, formas e tipos das forças militares relacionadas e características do príncipe.
Inicialmente, cabe mencionar que o Príncipe que nomeia a obra é o rei, o duque, o imperador, o tirano, enfim, aquele cuja figura mescla-se ao próprio Estado que governa
Quanto ao Estado (principado), ocupa-se o autor em classificá-lo e analisá-lo nas vertentes que julga relevantes nos capítulos iniciais; na ordem apresentada, temos os principados hereditários, os mistos, os novos (estes subclassificados quanto à forma de conquista), os principados conquistados por meio de crimes, os civis e, finalmente, os eclesiásticos.
Iniciando com os principados hereditários, começam também as considerações. A situação deste, assevera o autor, é deveras mais simples que as posteriores: temos, no caso, a simples manutenção de uma situação já estável, bastando ao governante pautar-se mais por um “não fazer” do que tomar partido de ações propriamente positivas. Manter o padrão de seus antecessores, assimilar pacificamente novas situações e evitar a ocorrência de grande deslizes, basicamente, é o recomendado.
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