Matemática e solidariedade
Introdução
-Solidariedade é uma virtude a ser construída, quando o indivíduo não a detém através da convivência familiar e do grupo social a que pertence. Atualmente, nesse mundo cheio de egoísmo, fomentado e estimulado por interesses pessoais e narcisistas, a solidariedade é uma virtude imprescindível. Quem a exercita, vive mais e melhor.
Afinal, o que é ser solidário?
Praticar a solidariedade é colocar-se no lugar de alguém (conhecido ou não), empatizar e perceber as suas necessidades, auxiliando no que for possível, dentro do limite de suas habilidades (no mais das vezes extrapolando esses limites, porque a solidariedade não conhece fronteiras).
Solidarizar-se não significa dar esmola, contribuir com recursos financeiros ou doar alimentos e roupas quando acontece uma catástrofe et c’est fini. Solidariedade é muito mais do que dar algo material, de pertença física. Esse tipo de solidariedade é muito fácil de praticar porque não envolve, não cria vínculos nem compromissos. Não amarra ninguém.
Solidário, na acepção da palavra, é quem se doa em espírito, é quem abraça uma causa e determina uma nova condição, para si e para quem é alvo de seu gesto solidário.
Solidário é quem compartilha e reparte.
Ser solidário é gerar vida em abundância e acrescentar experiências pródigas em fraternidade. É estabelecer pontes mentais por onde transitam a con-córdia e a cor-dialidade, canais da mais pura comunicação humana, que transcendem todas as medidas da imaginação.
Praticando a solidariedade encontramos uma nova dimensão para a existência, multiplicando os espaços, compreendendo e expandindo nossa inteligência emocional, superando as barreiras racionais que nos impedem de olhar mais além e pressentir que todos somos iguais e temos necessidades semelhantes.
Solidário é quem pode ver e, podendo ver, repara, já dizia o mestre da palavra, José Saramago. É quem se aproxima sem ser chamado, simplesmente por perceber o