Resenha do livro "LIBRAS - Que língua é essa?"
A autora traz, neste livro, informações que tem como objetivo principal fazer as pessoas refletirem sobre as questões relativas à surdez. Fazendo-nos olhar de maneira diferente para uma cultura que, para muitos, é desconhecida.
No primeiro capítulo, A língua de sinais, Audrei aborda questionamentos sobre a gramática e a de onde surgiu a Língua de Sinais, e também expõe a constante comparação entre a LIBRAS e a língua portuguesa falada e a forma escrita de sinais. A LIBRAS vive em constante mudança, pois é criada no cotidiano, está continuamente sendo atualizada e cada vez mais vemos surgir uma nova tradução da língua falada para língua de sinais.
No segundo capítulo, a autora questiona se o surdo vive em um mundo silencioso. Logo percebemos que nós, por estarmos acostumados a ouvir e identificar sons, pensamos que os surdos vivem no silêncio absoluto por não escutarem, mas deixamos o lado o fato de que eles escutam com os olhos, portanto, várias pessoas usando a LIBRAS para se comunicar com a mesma pessoa ao mesmo tempo, tem o mesmo efeito que uma pessoa ouvinte tentando ouvir e entender várias pessoas falando ao mesmo tempo, o que nos diz que, não, o surdo não vive no silêncio absoluto. Audrei traz também a questão sobre a necessidade oralizar o surdo para que ele se integre a sociedade ouvinte e chegamos à conclusão de que, não, pois seria o mesmo que tentar negar e diminuir a língua dos surdos, fazer com que eles se adaptem a nós ao invés de tentarmos incluir a língua surda em nosso cotidiano.
A autora também desmente que os surdos não falam porque não ouvem. Os surdos, na grande parte dos casos, possuem suas cordas vocais como qualquer outra pessoa, mas não têm o hábito de falar por não terem desenvolvido esse hábito. Alguns conseguem desenvolver pequenos diálogos, porém são limitados. Geralmente os surdos híbridos, pessoas que nasceram ouvintes e perderam a audição por algum motivo, conseguem