Resenha-Resumo do livro "Libras? que lingua é essa?"
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Ciências Sociais
Resenha do livro
“Libras? Que língua é essa?”
Bianca Weymar
Pelotas, 29 de maio de 2015
O livro “LIBRAS? Que língua é essa?” de Audrei Gesser, apresenta perguntas e respostas em relação a crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. No primeiro capítulo, temos indagações sobre a língua de sinais sobre ter suas origens ou ser uma versão sinalizada da língua oral, se é possível expressar conceitos abstratos ou se há uma gramática na língua de sinais, de ser universal, artificial, ágrafa, um código secreto ou até uma mímica utilizada entre os surdos para a comunicação. Esses questionamentos são frequentemente cometidos por uma boa parte da sociedade desprovida de informação e que muitas vezes pré conceituam e criam uma definição maldosa em relação ao surdo e a sua língua.
Sabemos que ao referir-se a uma pessoa com surdez o termo correto ao ser utilizado é “surdo”, e não “surdo-mudo” ou “deficiente auditivo”. A crença de que a pessoa é muda por não ouvir está incorreta, uma vez que o surdo possui aparelho fonador e se treinado poderá falar, assim como o termo “deficiente auditivo” que foi empregado pelos médicos na tentativa de explicar um fato que consideram como doença. Sobre a autenticidade da língua de sinais, ela não é considerada uma língua universal, pois assim como na língua oral cada país tem sua própria língua. A autora do livro ainda cita: “[...]seria possível a existência, nos cinco continentes, de uma língua que, além de única, permanecesse sempre a mesma?[...] Portanto, dizer que todos os brasileiros falam o mesmo português é uma inverdade, na mesma proporção em que é inverdade dizer que todos os surdos usam a mesma libras”.
Alguns exemplos de línguas artificiais que podemos destacar são o “esperanto” (língua oral) e o “gestuno” (língua de sinais), cujo objetivo é estabelecer a comunicação internacional, muito utilizado