Resenha do Livro As misérias do processo penal
No livro As Misérias do Processo Penal de Francesco Carnelutti, o autor relata a sequência de atos do processo penal e descreve as partes do processo tendo como objetivo principal a critíca ao processo penal, o autor relata a falta de estrutura do processo, a falta de estrutura ao preso após sua saída da prisão, entre diversas outras criticas feitas no decorrer do livro.
O autor começa relatando sobre a toga a qual possui diversas interpretações, de um ponto de vista ela pode ser vista como um divisor, dividindo quem são as partes, juizes e advogados, a toga pode significar também uma forma de “autoridade”, vista também como uniforme, mas na realidade para o autor “a toga, verdadeiramente como um traje militar, desune e une; separa os magistrados e os advogados dos profanos para uni-los entre si” (Carnelutti,2009, p. 17), ou seja, a toga vai muito além de um uniforme, na visão do autor ele tem o grande poder de unir os magistrados. Após uma breve introdução a respeito da toga dos magistrados, advogados e membros do Ministério Público, o autor passa discorrer sobre o preso que na visão do autor é o mais pobre dos homens e enquanto o preso está atras das grades ele é visto como outro ser. Para Carnelutti não é com mal que vamos superar os delitos, e sim com amor, para ele a vida é curta demais para separar os bons dos maus, pois alguém que é mau ele não será mau necessariamente a vida inteira e alguém que é bom ele não será bom a vida toda, dentro de nós temos um pouco do bem e um pouco do mal.
Ao relatar sobre o preso, logo após Carnelutti descreve a relação do preso com seu advogado, na qual o preso tem no seu advogado um amigo, alguém a quem ele vai pedir ajuda. E ressalta também que é de grande valia se colocar no lugar do preso e assim compreender a sua solidão e a necessidade da companhia de um amigo. Porém ao mesmo tempo que o preso necessita da amizade do advogado surge a desconfiança e a suspeita, pois