RESENHA DOS LIVROS: LEVITÃ, A CONDIÇÃO HUMANA E AS MISÉRIAS DO PROCESSO PENAL
“Hobbes é o primeiro filósofo político a justificar o poder dos soberanos em bases racionais. Na época, o direito dos reis ainda tinha origem divina. As teorias do Leviatã eliminam essa hipótese, promovendo a separação entre poder divino e secular. O pacto de Hobbes requer um governo absoluto, daí sua defesa da monarquia, simbolizada na figura do monstro bíblico. quem nos lembra A Condição Humana de Hannah Arendt é uma obra filosófica que interpreta a modernidade como a era que colocou em perigo a condição mais básica da vida humana: a pluralidade. Em sua formulação, a pluralidade consiste numa síntese entre igualdade e diferença: todo ser humano é único, mas sua singularidade somente se constitui em uma teia de relações entre seres humanos iguais. O que se pretende com a obra As Misérias do Processo Penal é fazer do processo penal um motivo de introspecção, e não de diversão. E vem se entrelaçando com o processo penal é a pedra de toque da civilidade não apenas porque o delito, de diferentes maneiras e em diferentes intensidades, é o drama da inimizade e da discórdia, mas porque ele representa a relação que se desenvolve entre quem o comete, ou se supõe que o comete, e aqueles que assistem à sua perpetração.”
Por que O levitã mudou a humanidade? Hobbes é o primeiro filósofo político a justificar o poder dos soberanos em bases racionais. Na época, o direito dos reis ainda tinha origem divina. As teorias do Leviatã eliminam essa hipótese, promovendo a separação entre poder divino e secular. O pacto de Hobbes requer um governo absoluto, daí sua defesa da monarquia, simbolizada na figura do monstro bíblico.
O Leviatã aparece em O Livro de Jó, descrito como o mais terrível dos monstros marinhos: "Quando se levanta, tremem as ondas do mar (...). Se uma espada o toca, ela não resiste".
Nomeado a partir de um monstro bíblico, Leviatã trata da organização da sociedade. Para Hobbes, o homem em "estado natural" desconhece