Resenha do filme o pequeno nicolau
O filme se passa nos anos 1950, época onde puxar uma criança pela orelha deveria ser considerado totalmente normal. Nicolau (Maxime Godart) é mimado por sua mãe e adora a sua vida. Gosta tanto que não consegue escrever na redação o quer quer ser quando crescer. Ele não quer crescer. Ele quer que sua vida permaneça da mesma forma que está agora.
Para seu desespero, seus pais começam a ser gentis um com o outro. Esse "comportamento estranho" bate com a descrição que seu amigo lhe deu de seus pais. Quando isso aconteceu, ele teve um irmão. Nicolau não quer ter um irmão. O nascimento de outra criança mudaria totalmente sua vida. Ser irmão mais velho o obrigaria a envelhecer, coisa que não pretende fazer. Além disso ainda fica com medo que seus pais o larguem na floresta para cuidar apenas da nova criança.
Tentando evitar as mudanças, Nicolau tem uma idéia simples: ele deve se livrar da nova criança. Para isso, ele conta com a ajuda de seus amigos que bolam os planos mais mirabolantes (que nós sabemos que não vão funcionar, e nem precisam, mas é divertido ver as crianças tentando). O importante aqui é acompanharmos a lógica das crianças. Apesar de podermos acompanhar a lógica dos adultos também, é o ponto de vista infantil que domina a tela.
O elenco funciona muito bem. Sejam adultos ou crianças, todos empenham seus papéis de acordo com o estilo do filme. A direção de arte faz um bom trabalho não só mostrando a época retratada no filme como também a personalidade de cada