Resenha filme o pequeno nicolau
Nicolau é a personagem central, ele tem 8 anos e sua história se desenrola entre a escola e sua casa, entre a presença da professora e de seus pais nesta passagem da sua infância.
Tudo começa quando a professora pede que escrevam uma redação sobre o que as crianças querem ser quando crescer. Nicolau nos apresenta seus amigos e os laços afetivos que possui com eles descrevendo através de sua imaginação o que cada um vai ser. Seu amigo mais gordinho seria um ministro porque gosta de comer e essa função exige que ele vá a muitos banquetes, seu amigo riquinho vai trabalhar com o pai porque ele ganha muito dinheiro, entre outros. Todas as descrições são inocentes, traduzindo a maneira como uma criança percebe o mundo adulto. Não há nada racional nos relatos, e desde o início do filme embarcamos nessa inocência.
Nicolau é mimado por sua mãe e adora a sua vida. Gosta tanto que não consegue escrever na redação “o que quer ser quando crescer”, pois ele não quer crescer e assim não consegue se vir fazendo parte do mundo dos adultos. Ele quer que sua vida permaneça da mesma forma que está agora.
Para seu desespero, seus pais começam a serem gentis um com o outro e esse "comportamento estranho" bate com a descrição que seu amigo lhe deu de seus pais. Quando isso aconteceu, ele teve um irmão e Nicolau não quer ter um irmão. O nascimento de outra criança mudaria totalmente sua vida e o fato dele ser irmão mais velho o obrigaria a envelhecer, coisa que não pretende fazer.
A partir desta interpretação e da decisão de não querer ter um irmão mais novo, Nicolau pede ajuda aos amigos para se livrar do irmãozinho que pensava que teria. Na história, a lógica infantil de pensar e o mundo com suas questões são marcantes, embora exista a lógica dos adultos, é a lógica das crianças que prevalece.
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