Resenha do filme hotel ruanda
DIRETOR TERRY GEORGE
APRESENTAÇÃO
Esta resenha, baseada na trama do filme Hotel Ruanda, pretende, inicialmente, relatar a situação de calamidade ocorrida em Ruanda. Entretanto, a exposição de um olhar crítico – primando essencialmente pela clareza e objetividade – é a intenção principal deste trabalho. A dominação e difusão de rivalidades entre as etnias hutu e tutsi, estimulada, a princípio, pelos belgas, a parca assistência de instituições internacionais, bem como a indiferença da mídia global frente às mazelas vivenciadas pela população de Ruanda são aspectos abordados nas páginas a seguir.
Hotel Ruanda, filme produzido no ano de 2004, trás à tona uma história real ocorrida em 1994, em Kigali, capital de Ruanda, na qual Paul Rusesabagina, gerente de um hotel de luxo, arriscando a própria vida e de sua família, consegue salvar a vida de mais de 1200 pessoas durante um genocídio que marcou a história daquele país. O filme é estrelado por Don Cheadle e Nick Nolte.
Situado no continente africano, Ruanda é um pequeno país colonizado pela Bélgica. Durante essa colonização os belgas criaram duas etnias baseados em características físicas como cor de pele, formato do nariz, dentre outras, separando os mais altos e bonitos (na opinião dos belgas, os tutsis) e os mais pobres e feios (os hutus), registrando esta classificação nos documentos daquelas pessoas. A partir daí promoveram a submissão da etnia “hutu” à “etnia” tutsi, que comandaram o país durante décadas, gerando o ódio entres eles.
As etnias criadas pelos belgas não percebiam que eram manipuladas pelos seus verdadeiros opressores. Situação cômoda para os “tutsis”, etnia considerada superior, que reprimiam os “hutus” e impunham-lhes condições desumanas de trabalho e elevadas cargas tributárias até que estes se revoltaram.
O cenário de revolta se estendia pelos dois lados e o caos estava instituído