ATPS
OSASCO, 2013
RESENHA DO FILME "HOTEL RUANDA" DIRETOR TERRY GEORGE
APRESENTAÇÃO
Esta resenha, baseada na trama do filme Hotel Ruanda, pretende, inicialmente, relatar a situação de calamidades ocorridas em Ruanda. Entretanto, a exposição de um olhar crítico – primando essencialmente pela clareza e objetividade – é a intenção principal deste trabalho. A dominação e difusão de rivalidades, estimulada, a princípio, pelos belgas, a parca assistência de instituições internacionais, bem como a indiferença da mídia global frente às dificuldades vivenciadas pela população de Ruanda são aspectos abordados.
FILME
Hotel Ruanda, filme produzido no ano de 2004, trás à tona uma história real ocorrida em 1994, em Kigali, capital de Ruanda, na qual Paul é gerente de um hotel de luxo, arriscando a própria vida e de sua família, consegue salvar a vida de muitas pessoas durante um extermínio que marcou a história daquele país. Situado no continente africano, Ruanda é um pequeno país colonizado pela Bélgica. Durante essa colonização os belgas criaram duas etnias baseados em características físicas como cor de pele, formato do nariz, dentre outras, separando os mais altos e bonitos (na opinião dos belgas, os tutsis) e os mais pobres e feios (os hutus), registrando esta classificação nos documentos daquelas pessoas. A partir daí promoveram a submissão da etnia “hutu” à “etnia” tutsi, que comandaram o país durante décadas, gerando conflito entres eles.
As etnias foram criadas pelos belgas, mas não percebiam que eram manipuladas pelos seus verdadeiros opressores. Situação cômoda para os “tutsis”, etnia considerada superior, que reprimiam os “hutus” e os colocavam em condições desumanas de trabalho e elevadas cargas até que se revoltaram. O cenário de revolta se estendia pelos dois lados e o caos estava instituído no país. Havia no país uma