Resenha do filme Clube do Imperador
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Relacionando com o Direito, que de forma simplória significa a ciência das normas obrigatórias que disciplinam as relações dos homens em sociedade, percebe-se, nas cenas do filme, diversas semelhanças com tal ciência. A Grécia faz parte da história e da origem do Direito. A antiga cidade-estado grega de Atenas foi a primeira sociedade baseada na ampla inclusão dos seus cidadãos. Os filósofos gregos foram os primeiros a postular uma definição entre o direito positivo e o direito natural, e como explícito no filme, o professor Hundert dá lições de moral para serem aprendidas através do estudo de filósofos gregos e romanos, onde os mesmos, para ele, deixaram um modelo de democracia quanto às virtudes cívicas, caráter e convicção. Hundert fala sempre para os seus alunos que “o caráter de um homem é o seu destino” e se esforça para impressioná-los sobre a importância de uma atitude correta, porém, seus valores éticos são colocados em xeque quando, repentinamente, a escola recebe um aluno novato chamado Sedgewick Bell – um jovem mentiroso, desonesto e filho de um influente senador. Sedgewick entra em conflito com as posições de Hundert, que questiona a importância daquilo que é ensinado. Apesar desta rebeldia, Hundert considera Sedgewick inteligente e acredita que o aprendizado possa mudar o caráter dele, achando que pode colocá-lo no caminho certo, chegando a colocá-lo de forma desonesta e antiética na final do Senhor Julio Cesar, um concurso sobre Roma Antiga. Infelizmente, Sedgewick trai esta confiança por duas vezes, arrumando um jeito de trapacear. Dessa forma, conclui-se que é difícil julgar a ação do professor como totalmente certa ou errada, pois a sua intenção era a melhor possível. Da mesma forma, saber onde começa e termina o Direito, a moral e a ética é tarefa árdua, pois são ciências ou ferramentas, se assim pode-se dizer, usadas para regular e organizar a vida em sociedade.