Resenha do filme o Clube do Imperador
Diretor: Michael Hoffman
Atores: Kevin Kline, Emile Hirsch
Duração: 108 min.
Ano: 2002 O CLUBE DO IMPERADOR
A Educação modifica o caráter? O filme é narrado através da perspectiva do professor de história antiga de um colégio interno. Este professor chamado Hundert, personagem de Kevin Kline, depara-se ao longo da história com conflitos éticos decorrentes de sua conturbada relação com um de seus alunos, Sedgewick Bell (Emili Hirsch). Hundert sempre acreditou que os princípios éticos estavam agregados a formação do indivíduo tanto nos aspectos pessoais da vida quanto no educacional. Desse modo, durante todos os seus anos como professor, Hundert almejava ensinar o conteúdo a seus alunos sem, contudo, desvincular os assuntos das questões éticas. Buscava, por conseguinte, formar o cárater de seus alunos através dos ensinamentos; inspirando-os nos grandes imperadores da História Antiga.
Todos os anos Hundert era responsável por preparar seus alunos para o concurso “Júlio César” no qual os três alunos mais exímios conhecedores da História Antiga respondiam questões em níveis crescentes de complexidade. O mestre também era o mediador do concurso sendo, portanto, o responsável por entregar a coroa de louros para o vencedor. No entanto, o caráter impoluto do professor entra em conflito quando se depara com o presunçoso Sedgewick Bell, filho de um senador milionário, influente e inescrupuloso. A história do filme deixa em evidência a relação carente que Bell mantinha com o seu pai onde as críticas e a falta de estímulo, afeto e diálogo prenominavam. Assim, Bell começa a influenciar negativamente os demais alunos da classe e altera a dinâmica das aulas do professor Hundert. Devido à apatia de seu aluno pela formação do seu conhecimento, Hundert compara Bell a um bárbaro, um visigodo, porém tenta manter expectativas positivas sobre o mesmo uma vez que o compreende como um garoto complicado devido à relação paterna conflituosa.