Resenha do documentário "Pro dia nascer feliz"
Ao todo, cinco escolas são documentadas, sendo ordenadas hierarquicamente – de menor renda para maior renda – exceto pelas últimas que retomam os perfis mais carentes.
Primeiramente abordada, a Escola Estadual Cel. Souza Neto é de longe a que mais sofre a carência de auxílio governamental. Engloba personagens que em sua grande maioria possuem desinteresse em atividades estudantis e professores que desorientados tentam de alguma forma sanar essa falha.
Logo no início é claramente exposta, por um dos responsáveis da instituição, a situação financeira corrente. A renda recebida é demasiadamente inferior à combinada e ainda assim, são cobrados os impostos. Ao final dos cálculos é concluído que o restante do dinheiro nem mesmo supriria o pagamento de um dos funcionários e esse é o ponto principal para que seja compreendida a maior fração causadora da trágica situação. Por não serem bem pagos, professores negligenciam em boa parte seus compromissos profissionais e os alunos, por não possuírem apropriadas estruturas proporcionadoras de educação, desviam-se dos estudos – é preciso ter ciência que ambos as causas se fundamentam.
No entanto, o roteirista decide demonstrar as exceções, como Clécia e Valéria que se mostram favoráveis ao estudo. Suas histórias contadas inferem que mesmo com interesse os alunos são fadados a serem mal correspondidos. Isso se reflete de instâncias como a ausência de transportes funcionais ou mesmo o mais simples saneamento.
Em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, localiza-se a segunda escola visitada pelo editor: Colégio Estadual Guadalajara. Notam-se mudanças um tanto significativas que criam certa divergência com a escola anterior