Resenha Dilemas culturais, sociais e políticos da participação dos movimentos sociais nos Conselhos de Saúde
de participação política de um movimento popular nos conselhos de saúde
conforma um campo de constituição do direito à saúde. Neste sentido, as
autoras compreendem o direito como além daquilo garantido
constitucionalmente, mas como práticas de sociabilidade.
Estas também explanam que a primeira forma de organização dos
direitos civis se deu por meio de dádiva concebida pelos senhores de terras
aos homens livres, sendo que estes não eram então propriamente ditos os
direitos civis, e sim favores outorgados. Sendo assim, estas colocam que a
referência a esse conceito justifica-se mediante análise de suas repercussões
e implicações na cultura política contemporânea, sendo esta, “a construção
social particular em dada sociedade do que conta como ‘político’”.
As autoras também explicitam que historicamente se demarcou uma
diferenciação entre as condições de participação política dos diferentes grupos
sociais. Além disso elas citam Gershman na qual coloca que enquanto o
governo democrático se define pelo recurso a procedimentos mínimos sem os
quais não poderia constituir-se uma democracia.
Estas também relatam que com o SUS, a saúde emerge como uma
questão de cidadania e a participação política como condição de seu exercício,
na qual em seu texto são colocados os Conselhos e as Conferências de Saúde
como espaço de representação institucional. Estas explicitam que são
inegáveis os avanços alcançados com a institucionalização dos Conselhos de
Saúde, que hoje reúnem diversos usuários, profissionais e gestores. Mesmo
assim, existem diversos fatores que limitam o controle social por parte da
sociedade civil.
Neste sentido, as autoras buscaram realizar uma análise acerca desse
espaço. Em um primeiro momento, estas relatam que no período de
observação e nas entrevistas relacionadas a participação da Pastoral