resenha de Teatro
A Ultima Sessão
A História se passa Durante o Almoço de Domingo no Club Inglês, onde amigos entre 75 e 85 anos de idade reúnem-se semanalmente. São personagens engraçados e dinâmicos, Como são as pessoas dessa faixa etária nos Dias de hoje. Um grupo de amigos que convive com humor e picardia, conduzindo essa comédia de costumes num ritmo contagiante.
Até que um dos participantes, um ator amargurado com o rumo que sua Vida tomou, resolve fazer um acerto de contas com os parceiros de jornada, inspirado em A Tempestade, de Shakespeare. Verdades dolorosas misturadas com situações cômicas levam a grandes revelações e a um final surpreendente.
A ÚLTIMA SESSÃO é uma história sobre o amor na maturidade, sobre a mudança de paradigmas em relação aos valores da (e na) maturidade. Escorado principalmente Na força da interpretação e no magnetismo que o ator experiente pode oferecer, o espetáculo se constitui de grandes embates com Alta voltagem cômica e emocional.
Já no palco, a trama tem início com todos à espera da aniversariante. Elvira chega é acarinhada pelos amigos — e pela plateia também, que a aplaude em cena aberta e logo se desculpa pelo atraso, dizendo que estava nos braços de seu gato (de 69 anos!). Todos riem e o almoço é servido. Como Estevão já havia bebido umas e outras criam coragem e obriga Maria Teresa, interpretada por Miriam Mehler, a confessar seu caso amoroso que manteve por anos com o marido de Amanda, vivida por Nívea Maria. A partir desta confissão, outras verdades são reveladas e os podres daquele grupo de amigos vêm à tona.
O texto é muito bem articulado e, com o público já imerso naquela realidade, o autor dá uma reviravolta na trama, surpreendendo a todos! Difícil destacar a atuação de um ou de outro em cena: o elenco é coeso e está afinado e muito bem entrosado. No entanto a sutileza na interpretação e o brilho no olhar de Nívea Maria são comoventes (Amanda é uma das personagens que muda radicalmente de