Resenha descritiva: teatro: recurso lúdico e pedagógico - carla diniz lapenda
1746 palavras
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RESENHA LAPENDA, Carla Diniz. Teatro: recurso lúdico e pedagógico. In: CHIAPPINI, Ligia; CITELLI, Adilson. Aprender e ensinar com textos: aprender e ensinar com textos não escolares – Volume 3 – 4.ª ed. – São Paulo, SP: Cortez, 2002.
Carla Diniz Lapenda, como pós-graduanda em Letras da USP, neste presente estudo, apresenta o teatro como uma ferramenta de grande importância lúdica e pedagógica.
Ela inicia seu trabalho de pesquisa afirmando que, quando se trata de teatro, alguns professores encaram como perda de tempo por conta do cronograma reduzido do programa escolar, mas reforça a ideia de que esse recurso se faz necessário tendo em vista dois objetivos essenciais: proporcionar o conhecimento e o gosto pelo teatro e desempenhar o papel de elemento didático, o que, portanto, contribui com eficácia na formação do estudante. Entretanto, ela argumenta que o teatro está longe da cultura do jovem brasileiro e que a escola tem um importante papel no incentivo dos alunos a irem ao teatro.
Como base para a sua argumentação acima, Carla apresenta alguns dados de uma pesquisa que faz parte do projeto integrado que compõe a introdução deste volume intitulado “A circulação do texto na escola”, financiado por CNPq e FAPESP de 1992. Os dados são do questionário aplicado em quinze escolas do município de São Paulo e evidencia o teatro como uma das atividades menos prestigiadas pelos alunos. As razões pelo desapreço e distanciamento do público juvenil em relação ao teatro está em considerá-lo “elitizado” ou “muito caro”, porém, a autora alega que há peças gratuitas pela cidade e pelo estado de São Paulo, encenações nas ruas e praças cujas secretarias de Cultura promovem campanhas a preços populares e até mesmo companhias de teatro engajadas socialmente promovem ingressos a preços reduzidos. No que se refere à elitização, essa alegação é suposta na ideia de que sua linguagem seja de difícil compreensão para leigos, por estar relacionada ao teatro do absurdo e o de