resenha de modernidade liquida
Zygmunt Bauman é um sociólogo polonês nascido em 1925, que iniciou carreira na Universidade de Varsóvia e publicou mais de quarenta livros, dentre eles, modernidade líquida é um livro que se utiliza das expressões “fluidez” ou “liquidez” como metáforas adequadas para captar a natureza da presente fase na historia da modernidade. Para o autor, era necessário derreter os sólidos deficientes e defeituosos para novos e aperfeiçoados. Os tempos modernos encontram os sólidos pré-modernos em estado avançado de desintegração, sendo necessário descobrir ou inventar sólidos de solidez duradoura e confiável que tornaria o mundo previsível e administrável.
O título da obra decorre da modernidade da sociedade que avança em vários sentidos, porém, questionável em suas atitudes e o seu contexto enquanto sociedade. A liquidez, a qual Bauman propõe vem do fato que os líquidos não têm uma forma, ou seja, são fluídos que se moldam conforme o recipiente nos quais estão contidos, diferentemente dos sólidos que são rígidos e precisam sofrer uma tensão de forças para moldar-se a novas formas.
Os primeiros sólidos derretidos eram as lealdades tradicionais, os direitos costumeiros e as obrigações, eliminando assim as obrigações irrelevantes que impediam a via do cálculo racional dos efeitos. O derretimento dos sólidos levou à progressiva libertação da economia de seus tradicionais embaraços políticos, éticos e culturais.
Seria imprudente subestimar a profunda mudança que o advento da “modernidade fluida” produziu na condição humana. A obra dedica-se a análise dessa liquidez que permeia cinco conceitos básicos: a emancipação, a individualidade, o tempo e espaço, o trabalho e a comunidade. 2. Emancipação
Ao tratar da emancipação, Bauman levanta uma questão sobre o conceito de liberdade, no qual para ele libertar-se é sentir-se livre para se mover ou agir. O problema é que poucas pessoas desejavam ser libertas, menos ainda estavam dispostas a agir para isso.