Resenha de Modernidade Líquida

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA – UCB
PROGRAMA DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
PROF.: DR. CANDIDO ALBERTO DA COSTA NUNES
ALUNO: ANTÔNIO CLÁUDIO DOS SANTOS JÚNIOR
SEMESTRE/ANO: 1º/2010

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores,
2001.
Na obra em comento, a sociedade atual é descrita pelo autor de modo proficiente, com ênfase nas transformações pela quais tem passado em seus mais variados segmentos.
Utilizando-se da metáfora da liquefação, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman evidencia rupturas, modificações na tessitura social, com implicações na vivência e convivência da coletividade humana.
Para o autor, as pretensas “certezas” reinantes no estado “sólido” (modernidade) dos entes no meio social, dão lugar ao fenômeno da liquefação, fazendo surgir alterações sociais: o que antes tinha forma, espaço e não se movia, passa a ter características de líquidos e gases – fluidez, liquidez. E, com isso, sem forma definida, ou espaço que o contenha permanentemente, além de possuir uma mobilidade fácil e permanecer intacto no contato com os sólidos.
Assim, Estado e instituições sociais, relacionamentos humanos, vida pública e privada, relações de trabalho e de consumo, tornam-se fluídos, flexíveis, maleáveis, ou seja, constantemente mutáveis em uma perspectiva de realidade social efêmera, cambiante, adaptável e extremamente consumista.
Tal estado, embora faça nascer uma maior individualidade - confundida com liberdade – traz conseqüências negativas: dissolve vínculos afetivos e sociais, isolando os seres, antes sociais, em si mesmos. O indivíduo parece torna-se refém de sua própria individualidade, despreendendo-se das instituições e afastando-se do sentimento de pertencimento social.
Face ao crescente processo de individualização (aparente conquista da liberdade individual), ocorre a mercantilização das relações na esfera pública e privada, tornandoas frágeis, apresentando-se de forma