Resenha de gesto inacabado

Gesto Inacabado, Processo de Criação Artística Na apresentação, Cecília define a Crítica Genética, que é a busca dos caminhos da criação através dos rastros ou marcas deixadas pelos artistas durante o processo.
Na parte que fala da Estética do movimento Criador o que pretendo o pesquisador quando narra a Gênese de sua obra, que é tornar o movimento legível, revelar os sistemas responsáveis pela sua geração, sistemas de caráter processual, pelo qual as obras estão sempre inacabadas.
Ela fala também do acaso no ato criador, Cecília lembra que o artista envolvido no clima de produção de uma obra passa a acreditar que o mundo está voltado para a sua necessidade então ele transforma tudo para o seu interesse. Ela cita as “teorias da complexidade”, que falam de sistemas dotados de incrível capacidade auto-organizativa, apesar do caos e entender essa parte, ela cita alguns pensadores do final do sec.XX, como o Edgar Morin.
Falando das abordagens para o movimento criador destaca-se o conceito de ação transformadora onde ela defende a ideia de que o caminho criativo observado sobre o ponto de vista de sua continuidade, coloca os gestos criadores em uma cadeia de relações, formando uma rede de operações estreitamente ligadas. O ato criador nesse ponto de vista é classificado como um processo de ligação.
Quando Cecília caracteriza o movimento criador como uma rede de ligação ela vai contra a ideia de que a criação é uma descoberta que surge na forma de geração espontânea. Segundo Cecília, “a criação como processo de inferência mostra que elementos aparentemente dispersos estão interligados; já a ação transformadora mostra o modo como um elemento inferido é atado a outro”.
A autora propõe um conceito de verdade artística, cuja natureza está no trajeto do artista em direção à obra, delimitando, dessa forma, o que de fato interessa à Crítica Genética: a construção, o processo em que a obra definitiva se encerra, e no qual as marcas apontam para um processo sem fim. Isso