Resenha da Obra de Ferdinand Lassale

Na obra de Ferdinand Lassale é possível observar que o seu objetivo é conceituar o que seria uma constituição. Para isso, o mesmo diz que a constituição e a lei andam juntas, mas a constituição não é uma lei comum, pelo contrário, a população a tem como o que há de mais sagrado e firme.
Fazendo tal observação, o autor levanta outro questionamento: O que diferencia uma constituição de outra lei qualquer? Para ele, a lei fundamental deve ser básica, porém mais do que as outras e deve constituir o verdadeiro fundamento das outras leis, pois as outras leis serão originadas da mesma.
Diante disso, é necessário entender que as coisas fundamentais não existem por capricho e sim pela necessidade, pois todo o restante se baseará nela e assim haverá um modo definido. A partir desta lei fundamental é que se faz por necessidade que todas as outras leis e instituições jurídicas vigentes no país sejam o que realmente são.
Lassale começa a verificar os fatores de poder da Prússia: A monarquia e a aristocracia que se destacavam pelas forças das armas do exército; A Grande Burguesia onde a indústria é a estrutura econômica que disponibilizam trabalho e renda para o povo, sem o quê este se revolta ; Os banqueiros que exercem suporte econômico em empréstimos para o governo e a pequena burguesia/classe operária que podem admitir lapidações de liberdades políticas, mas quando modificam liberdades pessoais revoltam-se.

Breve história constitucionalista

Todo país tem necessariamente uma constituição real e efetiva, pois não seria possível a imagem de um país sem os fatores reais do poder. Fica claro que todos os países sempre possuíram uma constituição real, a única diferença não são as constituições reais e efetivas, mas sim as constituições escritas em folha de papel.
A constituição feudal tinha a nobreza no lugar de destaque, mais do que o príncipe os poucos que se dedicavam ao comércio e à indústria e os servos. Por exemplo, o príncipe não podia aumentar criar impostos