Resenha crítica: A Identidade Moderna Cultural na Pós-Modernidade, capítulo 5
Teoria da Comunicação II - 4º Período
Samantha Paixão Resenha crítica:
A Identidade Moderna Cultural na Pós-Modernidade, capítulo 5
HALL, Stuart. O Global, o local e o retorno da etnia. In:______. A Identidade Moderna Cultural na Pós-Modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. p. 77 – 89
A globalização e os seus diversos efeitos vão além da compressão do tempo-espaço, pois ela também tem efeito sobre as identidades culturais. E são esses efeitos particulares que o autor analisa neste capítulo. Para isso, Hall apresenta três qualificações da homogeneização das identidades culturas que é um “grito angustiado” daqueles os quais creem que a globalização ameaça as identidades e unidades das culturais nacionais (2000, p.77).
A primeira premissa é sobre as novas articulações entre o global e local. Hall utiliza o argumento de Kevin Robin: “ao lado da tendência em direção à homogeneização global, há também uma fascinação com a diferença e com a mercantilização da etnia e da ‘alteridade’” (2000, p.77). É interessante verificar que essa articulação não é uma substituição ou destruição da identidade nacional, mas a produção, simultaneamente, de novas identificações globais e locais. Ou seja, as culturas não são fixas, cada indivíduo “adapta” aquilo que se identifica a sua vida, criando uma rede de identificações e de hibridação.
Em seguida, Hall aponta que há desigualdade na distribuição da globalização: ela atinge de formas diferentes as regiões e populações. Doren Massey denomina esse fato como Geometria do Poder, porém é preciso lembrar que as pessoas não se identificam, necessariamente, com os mesmos signos. Então, além da distribuição ao redor do globo, também existe a identificação de cada indivíduo. Outra questão é o fluxo da globalização que é desiquilibrada, pois é um fenômeno ocidental. Há indústrias culturais ocidentais, incluindo o