Resenha crítica - "Psicologia: uma (nova) introdução
“Psicologia: uma (nova) introdução”
INTRODUÇÃO
“Psicologia: uma (nova) introdução”, escrito por Luís Claudio Figueiredo, traz uma abordagem introdutória de como a psicologia se tornou uma ciência independente ao longo dos séculos. Apresenta também uma visão da psicologia contemporânea com base na necessidade de interlocução permanente com outros campos do saber.
1 A PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA INDEPENDENTE
1 Uma visão panorâmica e crítica
A psicologia, o estudo do comportamento do “espírito” e “alma”, surgiu a partir da segunda metade do século XIX, com homens que pretendiam tornar os estudos psicológicos independentes, para assim, tornar a psicologia uma verdadeira ciência, o que seria algo muito complexo, visto que, precisava de métodos adequados para sua autonomia.
Auguste Conte, um importante filósofo desse século, criticava a psicologia como uma ciência (apesar de reconhece-la dependente da biologia e da sociologia), pois, afirmava que como a “mente” era algo subjetivo não se enquadrava nas exigências do positivismo.
É necessário estudarmos as origens dessa disciplina e tentarmos compreendê-la, por mais complicada que seja sua história e ela por si mesma.
2 PRECONDIÇÕES SOCIOCULTURAIS PARA O APARECIMENTO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA NO SÉCULO XIX
1 A experiência da subjetividade privatizada
Duas condições foram necessárias para o interesse de compreensão do psicológico.
Subjetividade privatizada: experiência íntima e subjetiva, um espaço a qual só nós temos acesso.
Crise da subjetividade: essa experiência de mergulharmos na nossa subjetividade não e universal ela só aparece em uma sociedade que apresenta tais características:
1 Situações de crise social: quando o que é considerado verdade absoluta por uma sociedade, passa a ser contestado e repensado (regras, costumes).
2 Perdas de referências coletivas: pode ser interpretada como uma retomada na experiência da subjetividade privatizada, como forma de construir referências