Resenha crítica documentário "Quantas pessoas podem viver no planeta Terra"
O tema é exposto através de um ponto de vista baseado na teoria malthusiana, colocando o crescimento populacional como uma das principais causas da escassez de recursos, em uma tentativa de transferir uma parte da responsabilidade dos impactos ambientais causados pelos países desenvolvidos (durante seu desenvolvimento e com seu modo de vida atual), para alguns dos países mais pobres (ou desiguais) do mundo. Segundo informações apresentadas, desde meados dos anos 90 já ocorre uma desaceleração no crescimento da população mundial. Este fato está ligado à melhoria das condições de vida nos países em desenvolvimento, que por consequência reforça a teoria reformista.
Porém, é indiscutível a importância do uso consciente dos recursos naturais. Com o panorama atual, a questão da preservação deve ser tratada com maior importância por todos os países. Entre todos os problemas causados pela degradação do meio ambiente, as alterações no ciclo da água, possivelmente, são as que causam maiores problemas. A quantidade de água no planeta não diminuiu, nem irá diminuir, mas a destruição de fontes naturais, o desperdício na indústria e em agriculturas pouco produtivas e a poluição, não permitem o acesso adequado a este recurso a populações inteiras. Logo, percebemos que o problema do abastecimento de água é, na verdade, falta de acesso a água.
Além disso, nos é trazida também a questão da falta de alimentos, mas ao mesmo tempo em que nos é revelado um contrassenso: países fortemente dependentes de ajuda humanitária são exportadores de alimentos. Vimos que alguns países, que exercem papel de lideranças regionais, exploram nações menos desenvolvidas, mas sabemos que em grande parte dos casos, os países desenvolvidos, que exploraram ao