Resenha Crítica do filme “Os Deuses devem estar Loucos”
O choque entre mundos distintos e seus efeitos sociais é o que aborda o filme “Os Deuses devem estar loucos” que deflora em seu clímax a experiência vivida entre o homem urbano e o nativo, proveniente de uma tribo do deserto de Kalahara, em Botswana, em meio das savanas africanas. Uma tribo em que não havia leis, regras, normas, sentimentos como raiva, inveja, desejo de poder e superioridade, não existe moedas onde cada um de seus integrantes viviam em harmonia, sem divisões, sem ter qualquer contato e conhecimento do mundo ao redor de seu território, e em que cada qual cumpria suas tarefas diárias como caçar, fazer comida, entre outras e possuíam um dialeto composto por estalos.
O spot que dá início a história do filme se dá a um simples acontecimento, quando um piloto de avião, que ao sobrevoar o território dos Bosquímanos joga pela janela o principal símbolo de um mundo da qual a tribo jamais havia tido contato, uma garrafa de vidro de Coca Cola. Xi a encontra, e apresenta o estranho objeto a sua tribo, como sendo um “presente dos Deuses”.
Esta garrafa altera a rotina da tribo gerando sentimentos nunca antes conhecidos por eles como inveja, raiva e até violência pelo fato de esta não poder ser dividida entre todos. Xi se vê na obrigação de solucionar este problema, visto que o objeto só trouxe negatividade à sua tribo e resolve “devolver” o objeto aos deuses. Este sai em busca do “fim do mundo” para deixar o objeto lá. Durante o percurso até o local conhecido por ele como o fim do fundo, Xixo entra em contato com homens ocidentais, como o pesquisador Stey, a professora Thompson, ficando estagnado com elementos inexistentes em seu dia-a-dia e caracterizando-os como Deuses, mas mudando de opinião posteriormente.
Novamente, um impasse o surpreende, quando querendo saciar sua fome, resolve matar um animal. Tal ato é levado ao tribunal, onde Xi é julgado e condenado a pela morte do animal. Preso