Resenha crítica da obra antígona
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Sófocles. Antígona. São Paulo. Editora: Martin Claret, 2002. Integra a Trilogia de Tebas de Sófocles juntamente com Édipo Rei e Édipo em Colosso, Antígona datada por alguns estudiosos 442 a. C, traz em seus 1353 versos uma tragédia dramática, terceira parte da Trilogia relata o final da família dos Labdácias. Sófocles aborda nesta obra vários aspectos: lealdade, amor, religião e alienação política, com destaque para a dissonância entre o autoritarismo político do personagem Creonte e a consciência liberal evidenciada pela personagem Antígona. Ao reivindicar pelo direito de sucessão ao trono de Tebas, Polinices trava uma guerra contra a cidade, atingindo diretamente seu irmão Etéocles, que até então estava no poder, o que resultou em um mútuo fratricídio. Assim Creonte, tio dos irmãos recente mortos, logo que assume o trono torna público seu decreto em que proíbe aos cidadãos de honrar ao corpo de Polinices em um túmulo, ou mesmo lamentar sua morte, e que fique insepulto para que seja devorado por aves e cães, ao mesmo tempo em que concede a Etéocles todos os ritos fúnebres de modo a assegurar-lhe um lugar condigno entre os mortos. Ciente do decreto, Antígona tenta em vão convencer sua irmã Ismênia para que ambas sepultem e honrem sobre o corpo do irmão Polinices, Ismênia recusa o pedido da irmã com receio das punições de Creonte. Decidida a tal ato, Antígona se ver sozinha no dever de cumprir com os ritos de agrado aos deuses, mas também motivada pelo amor que sentia pelo irmão. Procedido ao sepultamento, Antígona é descoberta através de uma pequena armadilha montada pelos guardas do rei, que estavam encarregados de encontrar o culpado. Ela é levada ao rei e confessa tudo, bravamente contesta o édito de Creonte, que determina como pena que a mesma seja presa viva no túmulo de sua família, o que certamente a levaria à morte. Hémon, que é filho de Creonte e noivo de Antígona, conversa com o pai, e de primeiro momento parece concordar com