Resenha - Colapso de um Empreendimento
OS SETE ERROS DE EIKE BATISTA
Sabe-se que a vivência empresarial é constituída de altos e baixos, e que para uma empresa sobreviver no mercado competitivo e cheio de especulação, é preciso aprender também com a experiência de outras companhias, trazendo os aspectos positivos para si e analisando os negativos para não repeti-los. Nesta resenha, serão abordados alguns erros do empresário Eike Batista, que perdeu boa parte da fortuna acumulada com as suas empresas e agora acumula uma dívida significativa. O seu primeiro erro foi a diversificação sem dispersão de risco. O empresário criou várias empresas (16), mas não diminuiu a interdependência entre elas, e sabemos que neste caso, quando uma empresa cresce, as outras também, mas o contrário também é válido: se uma sofre problemas, as que dela dependem também sofrerão os impactos. O segundo erro de Eike foi não admitir as suas limitações, especialmente na área de gestão, levando a um otimismo exagerado e trabalho em projetos nos quais não havia a capacidade de administrar, agindo de forma megalômana. O próximo erro de Eike, segundo a revista EXAME, foi guiar-se apenas pelo mercado de ações, valorizando as altas das ações da companhia e não se importando com aspectos básicos de, por exemplo, sua companhia petrolífera, que sequer separava os times de engenharia relacionados à exploração e aos cálculos de viabilidade, e isso gerou problemas na hora de, efetivamente, construir soluções para a retirada do óleo. Como a OGX era o centro das empresas (vide primeiro erro), as outras consequentemente, sofreram com a sua derrocada. Como quarto erro do empresário, pode ser citada a política estratégica de “tudo ou nada”. Suas empresas cresciam com altas dívidas, na expectativa otimista de que ao iniciar a produção, tudo desse certo. Falhou ao não aceitar propostas de outras companhias para dividir o risco, e no excesso de confiança, quando não adquiriu também companhias estáveis