Watson e o Behaviorismo Apesar de Wilhelm Wundt ter sido proclamado, anos antes, o fundador da Psicologia Fisiológica e ter escrito sobre a questão do sistema nervoso, sua psicologia era em grande parte mentalista. Sua influência levou à redução de interesse pelo corpo na psicologia. Estes psicólogos argumentavam que a psicologia só poderia tornar-se verdadeira ciência se mudasse seu foco de experiência consciente para o estudo do comportamento. Acreditavam eles que a experiência psicológica é conhecimento privado que não pode ser observado e verificado por outros, e consequentemente fica fora do reino da ciência. Os acontecimentos intangíveis de consciência, como são relatados por métodos introspectivos, pareciam muito pouco científicos, e, para numerosos psicólogos, era muito importante que a Psicologia se tornasse uma ciência reconhecida. Cientistas, geralmente, se interessam por indícios que sejam publicamente verificáveis: em outras palavras, dados que sejam abertos à observação de outros, que sejam estudados da mesma maneira por diversos pesquisadores e que levem a conclusões uniformes. O principal porta-voz desta espécie de Psicologia, que se tornou conhecida como Behaviorismo, foi John B. Watson (1878-1958). Behaviorismo como sistema de Psicologia foi pela primeira vez anunciado por Watson em um artigo intitulado A Psicologia como o behaviorista a vê, publicado em 1913. Quando lecionava na Universidade John Hopkins, sentiu-se descontente com a psicologia como experiência consciente. Seu campo de pesquisa era a psicologia animal. Reconhecia-se desde muito tempo que não era possível observar diretamente consciência em animais, nem provar logicamente sua existência. No entanto, era possível estudar e aprender muita coisa a respeito de animais, simplesmente observando seu comportamento. Psicólogos tradicionais consideravam sem importância a pesquisa animal e aprendizagem e solução de problemas. Watson, assumindo a ofensiva, afirmou que a pesquisa animal