Resenha Clube da Luta
Clube da Luta não é só um filme violento. É uma crítica ao capitalismo, ao consumismo desenfreado e ao modo de agir da sociedade atual.
No início da história, depois de mostrada a vida de consumidor compulsivo do narrador (Edward Norton), que encontra sua “cura” para a insônia ao frequentar sessões de autoajuda, mesmo sem possuir o problema que os demais participantes possuem, acontece um evento que abala a paz que o protagonista encontra nesses grupos. O ingresso de Marla Singer (Helena Bonhan Carter), uma mulher, entre os homens, faz com que ele fique perturbado. Ainda mais por ficar evidente o fato dela saber que ele não possuir os problemas do resto do grupo. E a entrada dessa mulher acaba mostrando que o narrador se sente um menino, querendo crescer para que possa se relacionar com mulheres que aparecerem na sua vida de uma forma inteira.
Temos então a entrada de Tyler Durden (Brad Pitt), que conhece o protagonista em uma viagem de avião, e se mostra como um fabricante de sabão. Tyler após passar um tempo com o narrador, conta que o ingrediente principal para a fabricação do sabão é a banha. E ele diz que o melhor tipo de banha é a humana. Aqui temos uma crítica aos padrões de beleza da sociedade, pois ao roubar restos de banha humana de clínicas de cirurgia plástica, para a fabricação de itens de higiene, fica claro que a as pessoas não se importa com os métodos utilizados para a confecção desses itens, só se preocupam com os benefícios que os mesmos podem proporcionar.
Uma das falas do filme com mais críticas ao consumismo, é esta dita por Tyler: “Você não é a sua conta bancária. Nem as roupas que você usa. Você não é o conteúdo da sua carteira. As coisas que você possui, acabam possuindo você. Nós somos os filhos do meio da história, sem propósito ou lugar. Não tivemos Grande Guerra. Não tivemos Grande Depressão. Nossa guerra é a guerra espiritual, e nossa grande depressão é a nossa vida. O povo se auto realiza no seu conforto,