resenha capítulo 7 schumpeter

Concorrência schumpeteriana

Schumpeter começa o capítulo 7 afirmando que existe quem veja o monopólio e o oligopólio como estruturas que definitivamente impedem que a produção ocorra em sua máxima capacidade. Primeiramente, ele mesmo não acredita na existência de uma época em que existiu de fato a concorrência perfeita e do nada esta se alterou, levando o mercado a perder eficiência produtiva, além do que, a média da produção per capita cresceu juntamente com o advento de grandes concentrações industriais.
O autor diz que tratar do capitalismo necessariamente nos leva a lidar com um processo que está constantemente em evolução. Afirma que a análise de “fragmentos” desse processo (fragmentos aqui num sentido estático, análise de certo momento isolado), que é responsável pela maioria dos conceitos desenvolvidos, acaba negligenciando essa constante evolução. O capitalismo é visto como um processo dinâmico de transformação e, por acontecer num meio social turbulento em que ocorrem guerras, pestes, etc, estas transformações na economia acabam sim por se influenciar pela conjuntura, embora não tenham nela sua principal causa. “ O impulso fundamental que mantém funcionando a máquina capitalista procede dos novos bens de consumo, dos novos métodos de produção” – A INOVAÇÃO – tem um papel fundamental na evolução do capitalismo para schumpeter. Descreve então as mudanças ocorridas em determinados ramos da indústria, mostrando de que forma tecnologias e estruturas vão entrando em desuso, dando lugar a outras, num processo chamado pelo autor de destruição criadora.
Deste conceito e da ideia de avaliação de um horizonte temporal ao invés de um fragmento (análise estática) concui-se que um sistema que utiliza ao máximo suas possibilidades (como a ideia de concorrência perfeita defendida por alguns), pode não ser melhor do que um que não o faça, quando analisado o longo prazo. Resultados para indústrias particulares não devem também ser levadas para âmbito geral.
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