Resenha Cap

A Teoria do Crescimento da Firma – Capítulo III: As Oportunidades Produtivas da Firma e o “Empresário”

No capítulo III Edith Penrose identifica os limites de crescimento da firma partindo da ideia da capacidade de um empresário em identificar oportunidades que possam ser exploradas para que existam avanços na produção de uma firma.
No início do capítulo a autora expõe uma definição de empresa mercantil, sendo esta a constituição de uma organização administrativa e um conjunto de recursos produtivos, tais recursos seriam os já obtidos pela empresa e também outros que virão de fora da mesma, tudo trabalhando de forma conjunta para se chegar ao objetivo final, o lucro.
Ela cita a estrutura administrativa de uma firma como criação de pessoas que a controlam, desenvolvida ao acaso, em resposta às necessidades surgidas no passado ou formada através de tentativas para alcançar uma organização racional. Não há nada fixo a respeito da estrutura, ela sempre poderá ser adaptada aos requisitos da firma.
As oportunidades produtivas são identificadas como todas as possibilidades produtivas que podem ser devidamente aproveitadas de acordo com seus empresários, estes são os indivíduos ou grupos prestadores de serviços empresariais dentro da firma.
Conceitos como empresa ou empreendedorismo são difíceis de serem trabalhados nos termos de análise econômica formal, visto que estão associados ao temperamento e qualidades pessoais de indivíduos, assim este aspecto pessoal é um dos obstáculos ao desenvolvimento de uma teoria geral do crescimento das firmas. Para se tomar decisões empresariais, como procurar oportunidades, são necessárias intuição e imaginação empreendedoras.
A autora cita que existe um grande número de firmas funcionando com sucesso sob uma administração competente e imaginativa, que se contenta em aproveitar suas oportunidades de expansão. São muitas vezes firmas familiares, onde os proprietários se contentam com lucros confortáveis, não desejando obtenção de mais