Resenha Batismo de Sangue
INSTITUTO SUPERIOR TUPY
BACHARELADO EM DIREITO
BATISMO DE SANGUE
VIVIANE ANTONIO
Joinville
06/2013
RESENHA
Em Batismo de sangue Frei Betto relata e expõe a trajetória da luta dos frades dominicanos à resistência a ditadura militar, seu envolvimento com Carlos Marighella, comunista e guerrilheiro, e com os movimentos esquerdistas, a criação da ALN, a morte de Carlos Marighela, os bastidores do cenário político da ditadura militar, as torturas sofridas por presos políticos e o martírio de Frei Tito.
Carlos Marighella, baiano de origem proletária e ideias socialistas, foi guerrilheiro, militante, comunista, poeta e político. Ainda estudante ingressou no PCB (Partido Comunista Brasileiro). De habilidade política, raciocínio arisco e palavras abundantes, tonou-se um dos intelectuais do PCB incumbido de solucionar a crise política e assegurar a ortodoxia stalinista na célula do PCB de São Paulo.
Durante a manifestações dos trabalhadores em 1º de maio de 1936, o jovem comunista Marighella foi preso e torturado durante 23 dias. Fiel a seus ideais, resistiu com bravura e em silêncio aos maus tratos por acreditar que a liberdade de seus camaradas de partido valia mais que a sua própria “[...] A resistência humana tem limites nem sempre conhecidos. Ao encarnar em sua vida os ideais pelos quais lutava, Marighella conseguiu que o limite de sua resistência chegasse à fronteira em que a morte recebe o sacrifício como dom.”(p. 28, 2006)
Após um ano de prisão, a anistia de 1937 lhe devolveu a liberdade. O cenário mundial era de conflito. No Brasil, a ditadura Vargas mantinha-se em duvidosa neutralidade, por um lado pressionada pelos integralista e por outro, pelos comunistas, Marighella decide estruturar o CNOP (Conjunto Nacional de Operações Práticas), que tinha por objetivo forçar o Brasil a entrar na guerra contra os nazistas e popularizar as bandeiras de luta defendidas pelo Partido. O êxito de seu trabalho levou-o