RESENHA DO FILME BATISMO DE SANGUE
O filme Batismo de Sangue se passa na época da ditadura militar, um período que foi marcado por um Estado opressor, com censuras e diversas torturas de forma ilegítima. Por conta destes fatores um grupo de jovens dominicanos com ideais cristãos se apoiam a ALN (Ação Libertadora Nacional) comandada por Marighela, um homem que lutava pela liberdade e derrubada dos militares do poder. Por lutar contra o Estado, foi perseguido e tornou se inimigo número um da ditadura militar.
Com as perseguições a Carlos Marighella, o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) consegue capturar dois dominicanos, Frei Ivo e Frei Fernando, que acusados de traidores são levados à delegacia onde foram torturados pelo delegado Fleury um dos principais perseguidores aos opositores do Estado. Sofrendo várias crueldades e não aguentando as torturas acabam informando a polícia uma reunião que aconteceria. Neste encontro acontecem trocas de tiros, e Marighella acaba sendo capturado e morto pela polícia.
Após estes acontecimentos, a polícia continua prendendo os frades que se apoiavam a Marighella, que sendo levados à prisão de Tiradentes, lugar que foram julgados e sentenciados. Nesse tempo Frei Tito, um dos dominicanos capturados é torturado e posteriormente libertado em decorrência do acordo de negociação de um embaixador sequestrado. Após sair da prisão acaba se refugiando na França e mais tarde, começa a ter delírios e problemas psicológicos pelas crueldades sofridas no Brasil, e por conta disto se enforca deixando alguns textos de como foi sua terrível experiência sofrida, como mostra a primeira cena do filme.
Os elementos trazidos no contexto do filme relatam de forma clara e objetiva a quem se opunha a ditadura. As cenas fortes de torturas sofridas pelos frades, entre outros que foram mortos, demonstram a luta pela liberdade e a tentativa de construir um Estado democrático e a verdadeira garantia dos direitos humanos. A estrutura militar