Resenha: Aprender Antropologia – François Laplantine - Capítulo 1
Capítulo 1: A Pré-História da Antropologia
A descoberta das diferenças pelos viajantes do século e a dupla resposta ideológica dada daquela época até nossos dias
Os antropólogos no início, questionavam se o homem selvagem teria uma alma. Eles realizavam debates sobre os índios serem ou não civilizados. Nesses debates alguns era a favor os índios, apontando que sua ordem política era, em algumas vezes, melhor do que a de algumas sociedades, em contrapartida, outros eram a favor da escravidão dos índios, uma vez que seus costumes e vida civil eram estranhos a sociedade em geral.
O estereótipo de mau selvagem e bom civilizado ganhou força até o século XIX, com o grande desejo de expulsar da cultura, todos os que não pertenciam da faixa da humanidade com a qual se identificavam. Os índios eram julgados por suas crenças religiosa, sua aparência física, seu comportamento alimentar e por sua língua.
Segundo Cornelius de Pauw, a influência da natureza é total e negativa nos indígenas, são bárbaros porque vivem da caça e da pesca.
Mas haviam também, os que defendiam a ingenuidade do povo, comparando os seus atos com os de seu povo, concluindo que muitas vezes, os indígenas cometiam menos barbáries do que os denominados “civilizados”.
A figura do bom selvagem, só será modificada após o Renascimento, porém, na época do descobrimento da América, alguns dos primeiros viajantes, como Américo Vespúcio e Cristóvão Colombo, tem uma percepção positiva dos indígenas, enaltecendo sua beleza, seu modo de vida e sua ingenuidade.