Resenha apologia da história marc bloch
Confinado,sem nenhum acesso á outro tipo de informação senão sua mente ,durante a Segunda Guerra Mundial, Marc Bloch escreve seu quarto e último livro (inacabado) : “Apologia da história”. Buscando definir a utilidade da história, este texto discute a complexidade do tempo histórico, as relações entre passado-presente, a construção do discurso e, principalmente, a exigência de uma ética do historiador. A história aparece não como uma ciência que estuda o passado e sim uma ciência que estuda o homem no decorrer do tempo. Marc Léopold Benjamim Bloch (1886-1944) nasceu na França, participou ativamente da Primeira Guerra Mundial, foi um dos fundadores da Revista dos Annales, na qual publicavam artigos buscando a ampliação dos campos de estudo da história usando a interdisciplinaridade; valorizando a mentalidade e o cotidiano. Publicou três livros em vida “Os reis taumaturgos”, “Os caracteres originais da história rural francesa”, e também “A Sociedade Feudal”. Em 1944 foi fuzilado pelos alemães nos arredores da cidade de Lyon. Na introdução,March Bloch nos mostra que não devemos seguir religiosamente nossos mestres e sim criticá-los e questioná-los sempre que acharmos necessário,mostrando assim que o progresso nos estudos só se dá nas contradições entre as muitas gerações de pesquisadores. O que o instigou a criar o livro,foi uma pergunta feita por seu filho “Papai, então me explica para que serve a história”(p.41),que ele usa como idéia principal. O livro mostra entre muitas coisas que: o trabalho do historiador é saber interrogar bem o seu passado; a mescla de memória com a história; que a história pode ser uma distração, mas para escrevê-la devemos gostar do nosso ofício para isso, é necessário vocação; que o ser humano procura saber e não compreender, e que deve ser o contrário; que a história não é, apenas, útil ela é legítima como ciência. No capítulo um,chamado “A história,os homens e o tempo”,Marc Bloch exalta temas como a