Resenha analítica do livro "a essência da constituição" de ferdinand lassalle
O sociólogo Ferdinand Lassalle em "A essência da Constituição" busca, a princípio, a partir de um método comparativo explicado pelo mesmo, conceituar o que conhecemos como Constituição, sob um viés predominantemente sociológico. Em sua obra, o alemão chega inicialmente à conclusão que, a Constituição seria uma lei fundamental constituída a partir da soma de fatores reais de poder inseridas no Estado, sendo eles "fragmentos vivos da Constituição". Então, o fundamental para se ter expressão Constitucional/Social em uma nação é a formação de um poder organizado, que articula-se a partir de seus interesses, mesmo que tal expressão seja notadamente inferior, devido à influência econômica e social estabelecida. Um exemplo é o Rei, que segundo Lassalle, demanda um dos maiores (se não o maior) poderes organizados de uma nação: o exército. Consequentemente, os componentes dessa sociedade que de certa forma não estão organizados, obviamente não emanam poder e muito menos vontade normativa devido a sua pluralidade e fragmentação.
Fatores reais de poder
Basicamente, temos 7 fatores reais de Poder.
Monarquia: considerada em grande maioria dos casos como a mais forte, simplesmente porque o monarca tem como linha de frente o exército, que se faz valer da força bruta, sob intermédio de armamento pesado , para fazer valer o interesse Real. Os fatores fundamentais que conferem as forças armadas tal poder são essencialmente sua grande organização e seu poder destrutivo, este em razão do armamento fornecido e o seu portar diante o oprimido, uma vez que o exército apenas lida com inimigos e por isso usa de todo o seu poder de fogo para eliminá-los.
Aristocracia: devido a sua influência dentro do Estado, os aristocratas usam de seu poder econômico e social para defender seus interesses junto a Câmara dos Deputados e outros institutos normativos. Já que são bem vistos diante dos olhos do Monarca, este grupo possui seu auxílio, podendo inclusive