RESENHA AMOR POR CONTRATO
A propaganda é um elemento fundamental para persuadir e levar o desejo ao inconsciente das pessoas. Ela vende não só o produto, mas aquilo que ele representa, reforçando o poder, ascensão social, a sexualidade e a ideia de status ao consumir algo. Esse status gera inveja às pessoas que estão ao redor e elas tem a ideia que não serão felizes se não consumirem as mesmas coisas.
O filme Amor por contrato trata justamente desse consumismo dos tempos atuais e, como buscamos uma vida perfeita e feliz por meios de bens de consumo. Steve e Kate Jones tem a família ideal. Seus filhos são bonitos, confiantes e populares. Possuem uma casa luxuosa com carro do ano e aparelhos tecnológicos de última geração. Os vizinhos observam aquela vida e passam a invejá-la. E é esse o objetivo da família, que não é família de fato, mas sim, funcionários de uma empresa realizando uma estratégia de marketing. Os produtos passam a ter vida com a interação dos Jones por inseri-los em mercados de luxo e dar notoriedade, de forma que as pessoas convivam com eles e desejam ter os mesmos hábitos, incluindo os de consumo.
Escrito e dirigido por Derrick Borte, o filme é uma crítica à sociedade consumista dos tempos atuais. E o tipo de ação mostrada pode parecer antiética, ou até mesmo distante da realidade, mas é só fazer uma pausa pra reflexão: quantas vezes somos bombardeados por reality show, atores, celebridades, atletas, personagens nas novelas que de uma forma “não comercial” aparentam ter uma vida