RESENHA AFRICA
ROTEIRO: DE COSTA A COSTA DE JAIME RODRIGUES
NOME: ELISÂNGELA MARIA DA MATTA RA:1222310
A historiografia contemporânea tem revelado a complexidade do tráfico atlântico de escravos, demostrando a racionalidade econômica dos negócios negreiros e o envolvimento progressistas das sociedades africanas (WISSENBACH,p.11). A nova historiografia aponta que durante o século XVIII no auge do comércio negreiro atlântico, o maior fornecedor de escravos foi na África Centro-Ocidental. Dando conta da participação atuante de grupos africanos nesse comércio, desde reinos, elites e grupos religiosos. Formando uma rede de operação e intermediários no comércio atlântico, atuando como agentes históricos nesse processo.
Segundo alguns historiadores como: Afonnso d’E Taunay, Maurício Goulart, Pierre Verger, Manolo Florentino, Luiz Felipe de Alencastro identificam o tráfico de escravos entre o Rio de Janeiro e Angola, em que as tripulações dos navios eram de várias procedências, nacionalidades e hierarquias africanas, submetidos por grandes períodos de navegação e de senhorio.
Em 1930 o debate historiográfico baseava-se sobre a quantidade de escravos que desembarcaram nas costas brasileiras, mas segundo o demógrafo canadense José Curto a quantidades de escravos foi superior ao que os estudiosos apontaram como Philip Curtin.
Segundo Curtin, durante a primeira metade do século XVIII apenas 38% dos escravos vieram para a América vindos da Costa da Mina e Angola, suprindo o comércio do Rio de Janeiro, Recife e São Luís.
Já na segunda metade do século, predominou o comércio entre Angola e o Rio de Janeiro, chegando a 70% dessa demanda, diante de outras necessidades torna-se o principal importador de mão de obra escrava no Brasil e o principal porto do império lusitano e mais tarde brasileiro, durante a vinda da corte portuguesa em 1808. Século XVIII Luanda era a fonte abastecedora de escravos, já no início do século XIX Banguela torna-se o mais importante