renovação e conservadorismo
Inicialmente se faz conveniente enfatizar que Marilda Villela Iamamoto é uma das mais importantes autoridades no assunto atinente ao Serviço Social no Brasil, tratando-se de uma Doutora em Sociologia, PUC-SP que nas últimas décadas, tem se destacado como docente e pensadora de vanguarda.
Nesse livro que é dividido em quatro partes, a primeira tratando do conservadorismo no serviço social; a segunda, a divisão do trabalho e o serviço social; em seguida, os dilemas e falsos dilemas no serviço social; e, por fim, a formação profissional. Com esse livro a autora incorpora temática e questões da agenda profissional contemporânea, notadamente nas questões relativas aos impactos sobre o Serviço Social, principalmente, das transformações societárias em curso e, também, das alternativas para a formação de assistentes sociais.
É flagrante na obra o uso por parte da autora dos conceitos marxistas para analisar as condições de trabalho do operário na agroindústria canavieira paulista, situando-as no contexto da "modernidade arcaica" que caracteriza o desenvolvimento histórico do país. Principalmente no que concerne no poderio do agronegócio em que o parque sucroalcooleiro tem se destacado, em detrimento das condições sub-humanas dos operários. E, além disso, a obra se revela como um documento que contêm elementos programáticos para permitir ao Serviço Social enfrentar, com êxito, os desafios do futuro.
Nessa abordagem a autora realiza uma síntese sobre o surgimento da profissão, citando os cinco códigos de ética do Serviço social – o de 1947, 1965, 1975, 1986 e de 1993 – respectivamente, enfatizando o último, o qual não é importante conhecer apenas para incorporá-lo como referência para a prática dos